quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

"ÁGUAS CORRENTES" (Agmon Carlos Rosa)


"ÁGUAS CORRENTES"

Cantava o rio com voz plangente,
melodiosa...   agucei os ouvidos...
A voz ressoava cheia de saudade.
Olhava as águas e na corrente,
vi meu pai, meus amigos, eu mesmo,
ainda criança,  ainda feliz!

Águas que vi passar...
Eu as via sempre ali, correntes,
sabia que nunca iriam parar.
Não me preocupava a pressa da corrente
formada por mim, pelos meus,
por todos aqueles que a deparavam.

Águas que vi passar,  carregadas
de sonhos, em busca de suas metas:
as cataratas,  o lago,  o mar,
uma a uma ela as alcançava.

Das águas formava a bruma,
que subia ao céu,  transformando-se
em chuva,  a cair das alturas.
Virava regato, virava rio,
fluia de novo as suas metas.
Outra vez repetia a jornada...

Águas que vi passar,
Águas que me banhei...
(por que não as represei?)
Seria ainda criança
Seria de novo feliz?


"ÁGUAS CORRENTES"    (Agmon Carlos Rosa)  poema composto em 2003 quando participava, juntamente com minha falecida esposa Noemia da ESCOLA ABERTA do SESC/CAMPINAS e dos confrades das letras, Lais Rodrigues de Lima,  Dulcinea Marchiori,  Dalva Saudo e outras mais... Gente fina, elegante e sincera, amavel, verdadeira e confiável... Gente fina que tinha de virar tendência...  O que foi felicidade, me mata hoje de saudade,  belos tempos, belos dias...  
Publicado no "ESPAÇO DO POETA" do site http://www.vipvirtual.com.br/     Acesse este site e fique por dentro de toda programação litero, musical, cultural e social de Campinas e da região.  Vale a pena ver de novo.   

Um comentário:

  1. Essa "É a saudade que eu gosto de ter"Rei RC.
    Agmon: Aquela apresentação no Teatro do SESC foi um marco em nossas vidas! Você o Apresentador e nós, os Artistas autores dos nossos textos poéticos. O reconhecimento do público nos aplausos! Foi lindo, apaixonante, um facho de Luz, doeu de tanta felicidade! Deu até espanto! Sem nenhum profissional contratado... tudo aquilo foi do nosso talento? Talento em que você e o SESC acreditaram!!!Interpretamos, dançamos,
    interagimos com a platéia e no SESI a cena se repetiu... Não daria certo você produzir algo parecido novamente?

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