sábado, 15 de janeiro de 2011

SEREI LIVRE (Lucia Freitas)

SEREI LIVRE

Serei livre quando, fizer aquilo que preciso e não aquilo que desejo.
Serei livre quando, entender que fazer aquilo que preciso é o que trás a satisfação plena!
Pois, é partilhar plenamente do dom -presente original-  e guiado pelo meu próprio poder, alcançar meus sonhos.
Enquanto, ir atrás dos desejos,  ocultos em meio aos meus medos, apenas afasto-me de mim mesmo.

Serei livre quando, empreendendo o vôo forte rumo ao norte de minhas intenções entender, que as tempestades são o teste, para a força de vontade que move minhas asas, rumo aos meus sonhos, também chamados de ideais, planos, metas... 

Serei livre quando, dignificar minha existência percebendo, que para alcançar meus sonhos, sim!  Tenho de voar!  Pois,  o éter flutua.  Quem sonha não rasteja!  Rastejar é o sigma dos que vivem aos desejos. 

Serei livre quando, alço vôo mesmo que para distante da minha suposta terra e de meu suposto povo.
Pois, o meu povo habitará eternamente o meu peito.
E minha terra? Será aquela onde encontrar a água fresca com a qual saciarei minha sede,  o fruto que alimentará  meu corpo,  a esperança que abastecerá minha alma e a paz que fortalecerá minhas intenções, ou meus sonhos, ou ideais, ou planos...

Serei livre quando,  despreender-me dos excessos e do material.  Porém, sem os tais fanatismos!
Visto que, a mendicância é para os tolos que não percebem que o corpo é um templo sagrado.
Corpo que o pai ofertara ao espirito,  filho deste, original;  ao fecundar a terra com a sua própria forma e vontade; transmitindo por todos e por cada um o amor que, não findará no retorno deste, á mesma terra, o verdadeiro utero e derradeiro colo.
Corpos ao qual, apenas, pedimos carona.

Serei livre, então, quando finalmente entender o porquê da jornada ser mais importante que o destino. 
Visto que saberei qual é o meu verdadeiro destino.
Assim, prestarei atenção aos sinais e aos simbolos...
Sabendo que os sinais me dirigem e os simbolos me alertam.
Enxergando finalmente!
Mas, o enxergar muito além da próxima curva, ou da linha do horizonte, enxergar o infinito ao qual pertence, o meu verdadeiro EU.
Paz a todos

LUCIA FREITAS   é  Filósofa e Psicóloga,  amante das letras e das artes,  seguidora e colaboradora do nosso blog LIRISMO ACADEMICO e nossa convidada especial para os eventos da Casa do Poeta de Campinas na Academia Campinense de Letras.
Seu e-mail:    lukeziza@gmail.com      


    

  

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